Culpa e mancha

20/12/2011 08:55

A primeira edição de 2012 da revista Ultimato (nº 334) vai falar sobre culpa e as marcas do pecado. Com o título “Como se livrar da culpa e da mancha”, as dez páginas dedicadas ao tema explicam a diferença entre os dois conceitos (culpa e mancha) e apontam o caminho para o perdão e a purificação de Deus.

 
A revista também traz uma matéria especial com bons exemplos da igreja cristã em ação no Brasil e no mundo. Com o título “Tempo de ser Igreja”, o texto reflete a esperança de que a comunidade de Cristo seja cada vez mais relevante na sociedade, e obediente ao seu chamado.
 
Como acontece todos os anos, o envio da edição de janeiro-fevereiro será antecipado. A revista já está na gráfica e deve ser expedida aos leitores no início da próxima semana. Privilegiado, o assinante poderá ler, na íntegra, a Ultimato nº 334 no nosso site antes mesmo do exemplar impresso chegar na sua casa.
 
Para todos, antecipamos abaixo o artigo que abre a matéria de capa da revista que inaugura 2012.
 
 
Culpa e mancha
Embora sempre estejam juntas, culpa e mancha são sensações diferentes. Uma não deveria ser mais incômoda do que a outra. As duas são filhas do pecado. Ambas são mais subjetivas do que objetivas.
 
Culpa é aquele apito do guarda de trânsito que nos faz parar, aquele aguilhão que nos machuca, aquele peso que nos oprime, aquela sirene que não para de tocar. O sentimento de culpa faz surgir um conglomerado de emoções desconcertantes, como medo, vergonha, remorso, baixa autoestima, nervosismo, desespero (dependendo do grau de conscientização do mal praticado). A culpa está emparelhada com a sensação de nudez moral. Nos casos mais intensos e mais graves não resolvidos, pode resultar em suicídio, como aconteceu com Judas.
 
A culpa provém mais da violação da lei de Deus do que da violação de qualquer norma estabelecida em algum lugar ou tempo. Por meio dela, percebe-se a dessemelhança do ser humano com Deus. Alguém acertadamente disse que a “relação entre pecado e culpa possui uma conotação redentora, pois a partir do reconhecimento de ambos a aceitação da graça torna-se inevitável”.
 
Mancha é a marca do pecado, o sinal evidente de alguma falta cometida. É como o café derramado no vestido da noiva ou como o leite, no terno do noivo. Depois do acidente, o café ou o leite chamam mais atenção do que o vestido e o terno. Mancha é aquilo que enfeia. É o mesmo que desdouro, desonra, laivo, mácula ou nódoa. Pode significar também imundície, lixo, porcaria ou sujeira. 
 
Mancha é mais um problema interno do que externo. É mais fácil lavar o prato e o copo por fora do que por dentro. A mancha pode não aparecer, mas não deixa de existir. Quanto mais escondida, maior será o mal, pois o esforço de escondê-la gera a hipocrisia. Daí a franqueza de Jesus: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície” (Mt 23.27).
 
Mancha é a desagradável sensação de sujidade, como a do rapaz que não permitiu que o amigo o cumprimentasse dando-lhe um caloroso abraço porque se sentia imundo ao voltar da zona de meretrício.

 
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Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/culpa-e-mancha